quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Eu, eu e mais um pouco do Eu....

Parei um minuto para relaxar a minha cabeça e lê um bom texto quando veio a idéia de fazer esse texto Pai. Tentarei colocar tudo, tudo mesmo, o que estou sentindo ou o que senti e até mesmo como sou.
Prazer, desde já lhe apresento sua verdadeira filha.


Em alguns momentos fui muito feliz, mas em outros, do nada a tristeza, bate em minha porta e entra sem ser convidada. Já é um costume receber essa visita inesperada ainda mais depois de brigas e discussões. Sou pavio curto e não nego. Estouro por qualquer coisa, desde um simples trabalho da universidade como uma briga familiar. Tentei mudar e como, mas desisti. Morrerei assim. É um defeito que na verdade encaro como carma.

Posso dizer que possuo um coração de ouro, daqueles que acolhe todo mundo que precisa e por conta disso, recebi muitas rasteiras, que por algum tempo, me fizeram ser uma pessoa fria, chata e calculista. Uma mascara quem sabe, mas que caiu e cairá todas as vezes que por ventura me fizer de durona e de difícil. Sou cem por cento emoção e carinho.

Nunca pensei em desistir dos meus sonhos, por mais que algum deles jamais se concretizaram. Não nasci para casar, é fato, pois não acredito no casamento. Acredito em encontro de almas, em sintonia, em desejo, em cumplicidade e acima de tudo, em amizade e tudo isso, pra mim, se resume em amor. Nasci sim, para ser mãe e dá a Alice ou ao Marco Antonio a chance de serem felizes e de viverem as suas vidas, afinal, detesto quando se intrometem na minha.

Gosto de ser o centro das atenções gosto de carinho, detesto cafuné. Não sou muito ligada na família, porém, quase morri quando pensei que perderia meu único irmão. Por mais que nunca tenha dito isso a ele, a imagem dele frágil e pequeno num leito de hospital quase me enlouqueceu. Fiquei deprimida e pedi a Deus para estar no seu lugar, porém hoje me orgulho de vê-lo bem e feliz. Um homem alto, forte, bonito que não se parece, fisicamente pelo menos, em nada comigo.

Sou muito desorganizada, tanto por dentro, quanto por fora. Por diversas vezes, confundi amor e paixão, amizade e coleguismo. Perfeccionismo só entra no meu dicionário na vida profissional. Caso contrario, esqueço que essa palavra existe. Minha mente borbulha muito e na maioria das vezes eu não consigo acompanhar o meu próprio ritmo. Vai entender.

Vivo de dieta, mas se vejo um chocolate não penso duas vezes em mandá-la pro espaço e deliciar-me com uma enorme barra, daquelas bem calóricas. Também não resisto a um chá mate bem gelado, ao rocambole da minha mãe e ao pão de queijo da minha avó. Camarão eu já gostei, mas hoje em dia, só se não tiver nada melhor para comer.

Não sou fã de cinema e nem de televisão. Amo sim lê bons livros. Gasto todo o dinheiro que tenho em livrarias e sebos. Minto. Gasto boa parte, pois a outra torro em viagens e balada com os amigos. Detesto ficar só, ainda mais em dia chuvoso. Chuva pra mim combina com tristeza e sol, com cachoeira, churrasco com os amigos e bronzeado. Nada de praia. Eu e o mar nunca tivemos uma afinidade boa. Cidade praiana eu gosto bastante, principalmente à noite, pra andar de vestidinho leve, sandália de dedo e vê a lua e as estrelas. As estrelas me fascinam e me inspiram.

Relacionamento sério, por enquanto não entra na minha rotina. Primeiro porque não firmo mesmo com ninguém e segundo porque sou bagunçada em relação aos meus horários. Tem horas que até me pergunto por que tenho agenda. Adoro amar e ser amada, mas amores, rápidos, curtos e instantâneos por mais que possam machucar muito. Cada um faz as suas escolhas.

Dançar, dançar e dançar. Se eu pudesse, faria só três coisas na vida: dançar, militar e escrever. Largaria tudo, tudo mesmo se a isso me fosse permitido. Doce e impossível sonho.

Se eu tivesse agora que falar em qual foi o momento mais perfeito da minha vida, não saberia relacionar um. Se me perguntassem do dia, também não. Falo sim, que há onze anos amei ter conhecido meu pai e a sua família e que nela ganhei um amigo- meu tio. Vivo de momentos. Isso é legal, pois acaba sendo um exercício do desapego, principalmente material. É não nasci para ser materialista e nem pra ser egoísta. Em poucos em raros e momentos sou, mas não é de minha natureza ser assim.

Detesto regras, odeio ser tachada de normal, como também não permito que me rotulem de porra louca. Odeio rótulos. Não sou mercadoria. Adoro dormir cedo, mas pra estudar, prefiro a madrugada..... ela me trás a calma da qual necessito para fazer uma boa prova. Não desgrudo do meu celular e nem da net. São formas que tenho de me encontrar com o mundo e claro, com os amigos. Também sou bastante teimosa e tem horas que ninguém me entende.

Se fosse pra me resumir em uma palavra, diria apenas: Atriz. Enceno muito bem os papéis que me são dados na vida e por isso mesmo não a encaro com leveza. Tenho saudades do ontem, ansiedade com o hoje e medo do amanhã.

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